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Dubia ou duvidosas razões contra a ordenação de mulheres. Artigo de Selene Zorzi

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24 Outubro 2023

"A história da Igreja viu muitas funções, como dos porteiros, hostiários e muitos outros ministérios eclesiais que na sua época eram considerados 'ordenados' e para os quais estava previsto um ritual de 'ordenação' que já não temos mais hoje e que não se sente a necessidade de reintroduzir. O Concílio de Trento reconheceu sete graus da ordem, dos quais o episcopado era excluído, e infligia a excomunhão a quem não reconhecesse esse número de graus", escreve Selene Zorzi, professora do Instituto Teológico Marchigiano e ex-professora do Pontifício Ateneu Santo Anselmo, da Pontifícia Universidade Lateranense e do Instituto Superior de Ciências Religiosas de Ancona, do qual foi vice-diretora, em artigo publicado por Rocca, nº 21, 01-11-2023.

Eis o artigo.

Apesar de os textos bíblicos do Antigo e do Novo Testamento atribuírem às mulheres papéis relevantes, como orientação, comando, anúncio, profecia, liturgia, apostolado, diaconato, e que alguns testemunhos documentais epigráficos e representações sagradas do primeiro milênio apresentam referências a ministrae, presbyterae, arcidiaconissae, sacerdotae e episcopae, no entanto, os teólogos se esforçaram, primeiro esporadicamente e depois de forma cada vez mais consistente, a oferecer as mais diversas justificativas para manter as mulheres fora de papéis que pudessem implicar poder. Fizeram-no dizendo, principalmente, que não podiam fazê-lo: que é o melhor testemunho do fato que elas o faziam.

As mulheres foram ordenadas

A história está repleta de referências a mulheres “ordenadas”: rituais, requisitos canônicos, histórias de mulheres ordenadas, funções atribuídas a mulheres incluídas em listas de ministros ordenados, mulheres que foram consideradas ordenadas por muitos cristãos durante muitos séculos.

Ao longo da história, contudo, a definição de “ordenação” transformou-se e, em certas épocas, chegou-se a definir o que tornava válida uma ordenação, distinguindo os critérios para considerar inválida ou inadequada a ordenação dada em outro período.

A história da Igreja viu muitas funções, como dos porteiros, hostiários e muitos outros ministérios eclesiais que na sua época eram considerados "ordenados" e para os quais estava previsto um ritual de “ordenação” que já não temos mais hoje e que não se sente a necessidade de reintroduzir. O Concílio de Trento reconheceu sete graus da ordem, dos quais o episcopado era excluído, e infligia a excomunhão a quem não reconhecesse esse número de graus.

A teologia evolui porque seu propósito é a explicação da fé em novos contextos e em tempos que mudam: não é raro que novas instâncias culturais nos permitiram olhar melhor para aquilo que naquele depósito havia permanecido oculto.

Os mesmos termos assumiram significados diferentes ao longo da história, dependendo também dos contextos e os encargos podiam não incluir as funções que nós projetamos ou podiam incluir outras.

Por exemplo, fala-se de diáconos e diáconas tanto nos textos do Novo Testamento como nos primeiros séculos.

Certamente naquela época os critérios, os ritos, as funções de tal diaconato eram diferentes tanto de comunidade para comunidade como daqueles que foram posteriormente definidos. Mas acontece que se o termo diácono for atribuído a homens, presume-se retroativamente que eles foram validamente ordenados de acordo com a definição de ordenação que temos hoje, mas quando é atribuído a mulheres tende-se a interpretar o termo apenas como um serviço genérico (ver Febe, Rm 16,1). Ou acontece que quando encontramos o termo presbytera em um documento, nos apressamos a torná-lo a esposa do presbítero.

Os historiadores observam que muitas mulheres foram consideradas ordenadas de acordo com a definição que na época era dada à ordenação.

Exclusões de natureza social

Deve-se notar que as motivações com que os teólogos têm mantido as mulheres em situação de subordinação dentro da Igreja forma substancialmente de natureza social. Durante todo o primeiro milênio, o principal esforço relativo ao sexo feminino foi orientado para compreender se, e até que ponto, elas eram criadas à imagem de Deus. Para isso, a reflexão antropológica baseou-se num dossiê de textos do Novo Testamento, interpretando-os segundo a arcaica concepção binária pela qual o homem seria ativo e a mulher receptiva, com a intervenção da antiga metáfora da semeadura que reduziu o papel dos gêneros ao que teriam na fecundação. E como a metáfora da semeadura também era usada para o ensinamento, seguia-se que o papel da docência era reservado apenas aos homens (Dídimo). De fato, a própria ideia de feminilidade tinha conotação de "subordinação" e de inferioridade que levava a dizer, por exemplo (Orígenes, Dídimo), que toda a humanidade em relação a Deus seria feminina. Os típicos pressupostos acríticos de uma cultura sexista não permitiram que nem mesmo as melhores mentes do passado refletissem de modo lúcido sobre essas questões.

Para Cirilo de Alexandria, que certamente não brilha por reputação já que foi acusado de ser mandante do assassinato de Hipátia, a mulher é incapaz de pensar com rigor e sagacidade enquanto o homem está mais pronto para entender.

Para Diodoro de Tarso e Crisóstomo, ser à imagem de Deus significa exercer a autoridade ou dominar. Ora, homens e mulheres têm igual dignidade, mas como a igualdade leva ao conflito, é bom que haja apenas um chefe na família. Então o homem deve comandar, enquanto a mulher terá que submeter-se a ele. Nesse ponto Crisóstomo pensa que talvez a mulher nem seria plenamente à imagem de Deus porque justamente ela não domina e o homem certamente não pode ser subordinado à mulher. E como não podem dominar, Crisóstomo também proíbe as mulheres de ensinar.

Estranho, porque muitos desses padres conheciam e tiveram relações intensas com diáconas de seu tempo (Olympia), muitas vezes de um nível social, cultural e econômico superior ao deles e algumas estudiosas se perguntaram se as mulheres não foram julgadas inferiores não apenas com base numa mera cultura sexista, que prevaleceu sobre a especulação teológica, mas também por um mal disfarçado sentimento de inferioridade de certos personagens.

Até mesmo os Capadócios (Basílio, Gregório de Nissa e Gregório de Nazianzo) convencidos de sua especulação sobre a Trindade de que homens e mulheres seriam iguais na dignidade e nas capacidades, quando chegam a codificar o comportamento exemplar que as mulheres deveriam ter, voltam a enumerar as listas tradicionais da cultura pagã, como obediência ao marido, silêncio na assembleia, até prever um tratamento desigual entre homens e mulheres em relação ao adultério.

Em suma, igualitários na teoria, mas conservadores no que diz respeito aos papéis sociais.

Esse dualismo entre cultura patriarcal e reflexão racional permanece em Agostinho que reconhece à mulher ser em sua alma à imagem de Deus, mas apenas subordinadamente e, em qualquer caso, nunca sem o homem.

In persona Christi?

No entanto, é a sua teoria sobre a validade do sacramento, que ele elaborou a respeito do problema donatista (se são válidos os sacramentos administrados por ministros indignos), que nos fornece material de reflexão sobre a ordem em relação às mulheres. Agostinho, de fato, separa as condições daqueles que administram o sacramento da eficácia do próprio sacramento, cuja graça deriva apenas de Cristo, o único ministro.

Se até mesmo a condição moral ou a indignidade de um ministro humano não é ligada à eficácia da Graça do único Ministro divino, não se entende por que o deveria ser a sua condição sexual.

De fato, as implicações do in persona Christi ainda tinham que ser formuladas.

A partir da reforma gregoriana, o tom das discussões sobre as mulheres começa a endurecer e se tornar abertamente misógino. Muitos estudiosos levantam a hipótese de que isso tenha acontecido devido a uma remodelação do conceito de ordem e das restrições concomitantes das leis do celibato obrigatório para o clero (sancionado em Pisa em 1135), cujo modelo foi fortemente monasticizado, resultando numa obsessão rigorista com as leis de pureza.

Mas veremos isso em uma futura contribuição.

Devido ao carácter informativo deste texto fui necessariamente obrigada a ser sucinta e breve. As afirmações apresentadas aqui podem ser aprofundadas em muitos estudos, entre os quais assinalo: G. Macy, The Hidden Histery of Womans Ordination. Female Clergy in the Medieval West (Oxford University Press 2007); J. Wijngaards, Women Deacons in the Early Church. Historical Texts and Contemporary Debates (Crossroad 2006); C. Taddei Ferretti, Anche i cagnolini. L’ordinazione delle donne nella Chiesa cattolica (Gabrielli 2014) e para a documentação, A. Piola, Donna e sacerdozio. Indagine storico-teologica degli aspetti antropologici dell’ordinazione delle donne, Effatà 2006. Assinalo também o site do Wijngaards Institute, um portal cheio de documentação.

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